A esposa do ex-cabo do 12º Batalhão da PM,
José Jorlânio Nunes de Lima, condenado recentemente a 10 anos de reclusão por
tentativa de assassinato, procurou a imprensa nesta terça-feira (09), para
fazer um desabafo. Segundo Laécia Nunes, seu marido é inocente, e para provar
ela afirma que dispõe de documentos que comprovam que ele estava em serviço na
data dos assassinatos pelos quais ele está sendo acusado de ter cometido.
“O delegado Dr. Hugo Pereira
Lucena acusou meu marido de ter assassinado no dia 04 de outubro de 2010,
Silvanildo de Morais Araújo, mas eu tenho aqui a cópia das escalas comprovando
que ele estava de serviço neste dia. Também tenho boletins de ocorrência feitos
por cabo Jorlânio neste mesmo dia, e além disso a juíza do fórum quando entrou
na 1ª Vara solicitou a cópia das escalas ao fórum de São Bento-PB.
As escalas foram enviadas a ela constando que
meu esposo estava de serviço. Inclusive ele tinha prendido uns bandidos e ia
depor sobre isso, mas o delegado chegou lá onde ele estava de serviço e levou
ele preso. Também consta que ele é culpado pela morte de Maria do Carmo, no dia
21 de julho. E nesse caso eu também tenho as escalas de serviço comprovando que
ele estava trabalhando. Depois ele foi acusado de matar José de Arimatéia, no
dia 16 de outubro, e novamente tenho as escalas de serviço comprovando que ele
estava trabalhando em São Bento. E por último tem o caso de Edmilson, que levou
ele ao júri.
No caso de Edmilson, afirmo que ele não
reconheceu meu marido em nenhuma hipótese de ter sido meu marido o autor do
disparo. Pelo contrário, em todas as audiências ele o inocentou, e também no
dia do júri. Nunca vi uma pessoa ser condenada sem nenhuma testemunha de
acusação. Quero fazer um apelo à justiça para dizer que tudo que estou dizendo
tenho como provar. Ele foi até expulso da Polícia que era a sobrevivência dele,
da minha e dos meus filhos. Estão cometendo injustiça com meu marido que já
está preso a dois anos e sete meses e sem dever nada, tenho como provar isso”,
desabafa.
Glauco Coutinho, promotor criminal do Tribunal do Júri, disse que o ex-policial
Jorlânio responde a diversas ações penais na comarca de Patos. Uma dessas ações
se refere a condenação por um homicídio tentado.
“Depois que comecei a acompanhar
percebi que esse processo foi a júri, ele foi condenado, chegou a recorrer e o
Tribunal de Justiça confirmou a condenação imposta pelo júri aqui em Patos. Em
decorrência dessa condenação existe também outros efeitos a exemplo da perda do
cargo público de policial militar. (...) Temos várias ações penais, mas não sei
quais as datas que ela se refere quando fala da documentação que está em seu
poder. No caso que já foi transitado e julgado, essas provas não tiveram nenhum
efeito, se é que foram apresentadas em relação a esse fato. Mas repito, existe
outras ações penais que ele responde”, explicou.
José Jorlânio Nunes de Lima foi
preso no ano de 2012, sob a acusação de cometer cinco assassinatos na cidade de
Patos, em 2011. Segundo a polícia os alvos principais eram homossexuais e
garotas de programa. O policial cumpre pena no 3º Batalhão da PM, na Morada do
Sol.
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