O índice desacelerou na comparação com fevereiro, quando ficou em 0,76%. O indicador acumulado em 12 meses também desacelerou de 5,63% para 5,36%. Em fevereiro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,95%.
De acordo com o IBGE, oito dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados para composição do indicador tiveram alta na comparação com o mês anterior. A exceção ficou por conta de artigos de residência, único a apresentar deflação no mês.
O maior impacto sobre a prévia da inflação, no entanto, partiu do grupo de transportes, que teve alta de 1,5% em relação a fevereiro, respondendo por 0,3 ponto percentual (p.p) do índice de março.
Gasolina mais cara
De acordo com o instituto, a alta do grupo Transportes foi puxada, principalmente, pelo aumento de 5,76% nos preços da gasolina. Este foi o subitem com o maior impacto individual no IPCA-15 de março (0,26 p.p.). O etanol também subiu, mas com menos intensidade (1,96%).
Além dos combustíveis, os valores de transportes individuais e coletivos também contribuíram para a alta. Os transportes por aplicativo, por exemplo, tiveram alta de 9,02%. Também ficaram mais caros os ônibus urbanos, os intermunicipais, os trens e os táxis.
Veja abaixo a variação dos grupos em março:
Vestuário: 0,11%
Transportes: 1,50%
Alimentação e bebidas: 0,20%
Saúde e cuidados pessoais: 1,18%
Habitação: 0,81%
Despesas pessoais: 0,28%
Artigos de residência: -0,18%
Comunicação: 0,08%
Educação: 0,75%
Alta em todas as regiões pesquisadas
Ainda de acordo com o IBGE, o IPCA-15 teve alta em todas as áreas pesquisadas no mês. As maiores variações foram registradas em Porto Alegre e Curitiba, as duas com 1,13%. As cidades tiveram alta mais expressiva nos preços de energia elétrica.
O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Salvador (0,37%), onde pesaram as quedas de 10,35% nas passagens aéreas e 9,13% no seguro voluntário de veículo.
Fonte: G1